A partir de março, no início do distanciamento social no Brasil, as lives tomaram conta da internet. A Metamorfose, em julho, resolveu aderir ao modo de interação, usando o espaço para entrevistar profissionais da área literária e artística. Comandadas por Bruna Agra Tessuto, as lives passaram a acontecer todas as quartas, às 20h, pelo Instagram e pelo Facebook da Metamorfose. Depois de quatro entrevistados em julho, tivemos mais quatro no mês de agosto: Marcelo Spalding, Tônio Caetano, Camila Rocha e Hayline Vitória. A primeira pergunta, sempre padrão: O que você está vestindo da cintura para baixo?
Marcelo Spalding, na primeira live do mês, falou sobre os bastidores ao longo dos cinco anos da Metamorfose, da qual é criador e diretor. Depois de relatar situações engraçadas e de compartilhar as reinvenções que a pandemia impôs à Metamorfose, também contou sobre a sua trajetória na escrita e sobre seu novo livro, Clube do Rock, escrito em parceria com Adriana Maschmann.
Na semana seguinte, conversamos com Tônio Caetano, ex-aluno da Metamorfose e vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2020 na categoria Conto. Ao ser perguntado, Tônio relatou como foi o domingo em que ficou sabendo do resultado. “Era número desconhecido, né? Então quando eu atendi o telefone e falaram meu nome completo, achei que era loja ou banco me ligando”. Ao longo da conversa, Tônio também refletiu sobre a função da arte durante a pandemia.
Camila Rocha, que nasceu com fissura labial e está transformando a sua experiência em livro, foi a entrevistada da sequência. Camila contou que a ideia é que a publicação auxilie quem passa pela mesma situação. Através de seu Instagram, comentou, já percebe isso acontecendo. Em função do engajamento na causa, em julho passado ela foi empossada embaixadora da Smile Train, ONG internacional que tem sede em NY e trabalha no tratamento de crianças com fissura labial e palatina.
Encerrando o mês, a conversa foi com a atriz Hayline Vitória. O que acontece quando uma pandemia se impõe e os teatros fecham? Hayline falou sobre as dificuldades encontradas e também sobre a inovação da arte em tempos de distanciamento social. Por ter atuado em um espetáculo de teatro online, ela contou como funciona a criação do texto, os ensaios e as apresentações pela tela do computador. “A reinvenção vem da necessidade do artista de trabalhar. Mas fiquei com medo de não ter aceitação.”
Em setembro as lives continuam. O primeiro entrevistado do mês, no dia 02/09, é o ator e dramaturgo Pedro Bertoldi, que falará sobre a escrita de dramaturgia.