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Lives promovidas pela Metamorfose em julho


Desde o início do distanciamento social no Brasil, provocado pelo novo coronavírus, a internet estabeleceu uma nova moda: as lives. A Metamorfose, então, a partir do início do mês de julho, aderiu ao modo de interação do momento. Comandadas por Bruna Agra Tessuto, as lives passaram a acontecer todas as quartas, às 20h, pelo Instagram e também pelo Facebook da Metamorfose.

A convidada da estreia foi a escritora Ana Mello, que falou sobre a sua trajetória na literatura, sobre o trabalho de professora e mediadora e sobre o conforto que a arte traz em momentos de incerteza. Além disso, comentou a respeito de sua inovação durante o distanciamento: projetar poemas no prédio vizinho. “Foi a minha forma de gritar pela janela”, contou. Descontraída, Ana conversou direto de seu quarto, com direito até a vinho. Ao ser perguntada, admitiu que estava arrumada somente da cintura pra cima, assim como a Bruna.     

Natália Moraes, segunda entrevistada, recebeu o mesmo questionamento. E a resposta foi a mesma. O frio daquele 15/07 contribuiu ainda mais para que a parte de baixo do corpo estivesse com um pijama. Durante a conversa, Natália, engenheira por formação, contou sobre o processo de transformar seu Instagram em um espaço para falar sobre literatura. Com vídeos dando dicas de livros, ela viu seu número de seguidores triplicar. A partir da repercussão, foi além: propôs aos seguidores uma leitura conjunta. Ou seja: propôs que ela e os interessados lessem o mesmo livro durante determinado período e depois discutissem em uma reunião virtual.

O que uniu todos os convidados de julho foi o fato de terem inovado na pandemia através da literatura. Marcelli Von Reisswitz, licenciada em História, criou o projeto Efêmera, uma newsletter semanal. Toda quarta, os cadastrados na Efêmera recebem um texto autoral da Marcelli, uma sugestão de leitura e um desafio de escrita. Quando perguntada, respondeu que acredita que a pandemia teve, sim, influência no projeto e na repercussão. “As pessoas estão sem rotina, às vezes não têm o que fazer. Se estivéssemos em outro contexto, elas poderiam não ter tempo hábil para isso.”

Encerrando o mês, a conversa foi com Gilberto Fonseca e Débora Peres. O casal, através de financiamento coletivo, arrecadou o dinheiro necessário para a publicação do quarto livro do Gilberto, Sânge. Além de contar sobre o processo divertido e interativo que fizeram nas redes sociais para alcançar o objetivo, eles falaram sobre Cinco Gatas, selo editorial independente que criaram. O nome é porque os dois moram com elas: as cinco gatas.

Em agosto as lives continuam. O primeiro entrevistado do mês, no dia 05/08, é Marcelo Spalding, criador e diretor da Metamorfose Cursos e Editora.


05/08/2020