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Editora Metamorfose lança a coletânea Poesia numa hora dessas?


Poesia numa hora dessas? A pergunta eternizada por Luis Fernando Verissimo nunca pareceu tão atual. Não por acaso, é o título da mais nova coletânea lançada pela Editora Metamorfose. Afinal, em plena pandemia da Covid-19 e em meio a todas as suas consequências, é hora de se escrever poesia? Trinta e três autores embarcaram da ideia e apostaram que sim. Talvez porque escrever seja a forma de expurgar o caos que o mundo exterior nos apresenta.
 

Organizada por Marcelo Spalding e Rafael Figueiredo, a coletânea desafiou escritores de diversas partes do país a escrever sobre 2020, o ano que, além da pandemia, foi marcado por queimadas recordes, crimes raciais que chocaram o mundo, disputas político-sociais e tantas outras questões.
 
Participam do livro Adriana Cerato Germann, Adriane Turossi, Alexandre Curuma, Aline Peterson dos Santos, Ana Chisini, Ana Paula de Lima Santos, Caio Aniceto, Camila Boselli de Mendonça, Carlos Carubelli, Cris Netto, Danilo Tomic, Dulce Tannuri, Edla Zim, Eduardo Santos, Fabiana Zanella, Fátima Sarmento, Flora Würth Simon, Frederico José Gonzalez, Gustavo dos Santos Rodrigues, Iza Lobo, Joice Giacomoni, José Carlos de Sousa, José Daniel Souza, Karen Minatto, Kelly Ruegg, Luciana Konradt, Luiz Otavio Matta, Mara Lígia Biancardi, Nelson Ribas, Paula Carnevale, Sara Ribeiro, Sirley de Jesus Oliveira Hey e Zilá P. Mesquita.
 
O livro está na etapa final de produção, mas <a href="https://www.editorametamorfose.com.br/1056749/poesia-numa-hora-dessas">a venda já está disponível no site da editora</a> ou diretamente com os autores.
 

Confira bela orelha escrita por Flora Würth Simon:
 
2020, o ano que surpreendeu e colocou o mundo todo em quarentena. Mas mesmo diante da necessidade de um distanciamento, o novo coronavírus não foi suficiente para apaziguar grandes questões que assolam a humanidade: devastação ambiental, desigualdades sociais, raciais e de gênero. No Brasil, vimos nosso país em chamas como nunca antes. Assistimos às estatísticas de feminicídio aumentarem no mundo todo e casos brutais e chocantes de racismo. Escancarou-se o abismo social entre quem pôde permanecer em lockdown e quem foi obrigado a sair às ruas para garantir seu sustento. Diante de tanta dor, sofrimento e perdas de vidas, como nós podemos colocar para fora o que sentimos? É aí que a poesia vem alentar nosso coração. Por meio dos poemas, extravasamos nossos medos e sentimentos mais profundos, expressamos o que não conseguimos somente pelas palavras simples e cruas. De certa forma, refletimos e curamos as feridas causadas por tantas tragédias. Poesia numa hora dessas? Sim, em todas as horas.
 

30/04/2021