Crônica: Desvendando Pokémon

Cristiane Luz

Acredito fielmente que sempre devemos fazer o que gostamos e não importa o que os outros pensam ou digam. O importante é o respeito na diversidade de gosto e opiniões.

Mas confesso que jogar Pokémon sempre me pareceu uma grande perda de tempo, resultando na destruição de todos os tipos de relacionamentos e na total alienação.

Outro dia, meu amigo Lucas, respeitando o preconceito expresso em meu rosto, fez com que a curiosidade me incentivasse a um estudo sobre o assunto.

Bom, o Pokémon GO é um jogo para celulares. Em resumo, ele interage com o mundo virtual e o real ao mesmo tempo. Basicamente a captura de criaturinhas virtuais na vida real. Um interessante evento.

E, por falar em evento, o primeiro da América do Sul aconteceu recentemente na orla do Rio Guaíba, em janeiro.

A “Zona Safári Pokémon GO” de Porto Alegre contou com centenas de pessoas que saíram à procura de várias criaturinhas virtuais. E o “pato brilhante” foi um dos personagens temáticos devido a ponta da Lagoa dos Patos.

Para participar da brincadeira, era necessário realizar a inscrição no site dentro do próprio jogo. Após sorteado, o convite era vinculado ao Nickname de cada usuário. Foram vinte e cinco mil convites distribuídos no total. O login era feito no dia do evento nos pontos: zona A, Usina do Gasômetro, zona B, Anfiteatro Por do Sol, e zona C, Parque Marinha do Brasil.

Claro que meu amigo Lucas estava presente. Ele conversou com pessoas de outros países, que arranjaram formas de comunicação por terem em comum a diversão do jogo. Também conheceu pessoalmente um amigo virtual. Ele comentou que, durante os três dias que se seguiram o evento, nenhum tipo de reclamação de insegurança ou violência foi registrado.

O evento, além de tornar-se uma interação social mundial, incentivou a caminhada saudável pelos pontos estratégicos da orla do Guaíba.

Enfim, o meu amigo me fez entender que o Pokémon GO consegue incentivar as pessoas a saírem de suas casas e praticar exercícios, fazendo com que muitos jovens introvertidos socializem.

Bem, revi meu preconceito e tenho certeza que, ao finalizar meu texto nesse momento, o Lucas estará em algum parque com seu filhinho e esposa se exercitando e, é claro, caçando Pokémon GO.

 

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