A Era Romântica da Língua Portuguesa

Cristiane Luz

Andava tranquilamente pela praça naquele dia ensolarado. Um casal trocava juras de amor logo mais à frente, liam um belo soneto. Lembro-me de ter lido em certa ocasião sobre a era romântica da Língua Portuguesa.
“Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.”
“Amor é fogo que arde sem se ver” é um soneto de Luís Vaz de Camões, escritor português que nasceu em 1524 e morreu em 1580, pelo que li, em Lisboa.
O Romantismo foi um movimento artístico que surgiu na Europa no século XVIII e durou até meados do século XIX. Ele influenciou a literatura, a pintura, a música e a arquitetura. Chegou ao Brasil no final do século XVIII.
Fiquei imaginando se aquele bonito casal sabia que versejava a língua portuguesa de alguém de muitos anos atrás. De um poeta que expõe prazer e sofrimento ao mesmo tempo.
Sentei-me no banco e respirei fundo enquanto sentia a brisa da manhã no meu rosto. Seria eu como o poeta que vai profundo às emoções ao mesmo tempo em que volta à superfície como em águas rasas?
Ou talvez um pouco mais dramática, como na era romântica, a qual foi marcada pelo subjetivismo, nostalgia, melancolia, em que o tema costumava girar em torno de amores proibidos, no qual rebeldes disputavam o coração das donzelas frágeis e desamparadas. Onde estaria o meu cavaleiro de armadura reluzente?
O importante é que, quando recitamos e lemos autores da era romântica, podemos observar que os conflitos são os mesmos apesar de épocas diferentes. Enfim, eles são poetas respeitados e admirados por saberem expressar o que o coração fala mesmo não querendo falar.





Nota: Texto em homenagem ao dia da Língua Portuguesa, comemorado no dia 05 de maio, falada em nove países.

 

voltar para página do autor