Claudia Roesler lançou O Dia em que o Minotauro chorou no final de maio, na livraria Sebinho, em Brasília. A autora conta que a primeira tiragem está quase esgotada. Os planos no momento são imprimir mais exemplares do livro e lançar um seguimento da história de algumas personagens.
O Dia em que o Minotauro chorou é uma releitura do mito grego do Minotauro, se passa em Creta e tem como centro o arco de desenvolvimento desse personagem, desde a sua concepção. A obra se distingue de outras releituras porque dá voz aos principais personagens do mito, que funcionam como narradores dos capítulos e, com isso, apresentam suas próprias versões dos fatos.
A autora conta que sempre gostou de mitologia e em uma viagem em 2017, para a Sicília, visitou um sítio arqueológico em Agrigento que a fez recordar do Minotauro. Quando voltou ao Brasil, escreveu o primeiro rascunho do capítulo central do livro e aos poucos foi desenvolvendo a história até que ela ficasse com o formato atual.
Todo mundo que gosta de fantasia vai se identificar com a atmosfera do livro. Evidentemente, as pessoas que já curtem mitologia terão um prazer adicional na leitura, que é descobrir as similaridades e as diferenças desta versão do mito para outras que já conhecem. Do modo em que está escrito, no entanto, O Dia em que o Minotauro chorou pode ser lido por qualquer leitora ou leitor adulto ou jovem-adulto.
Claudia conta que é uma leitora compulsiva e que estes são os autores que mais lhe influenciam: Yourcenar, Margaret Atwood, P.D. James, Clarice Lispector, Ana Maria Gonçalves, Madeline Miller, Nathalie Haynes. Ela revela a importância do Curso de Formação de Escritores para publicar o livro:
“O curso foi decisivo para que o livro acontecesse. Eu tinha uma história para contar, mas não tinha a técnica para transformar isso em um livro. Isso me foi dado ao longo do curso e, por fim, com a ajuda da mentoria da Luísa Aranha, uma das professoras que conheci no curso.”